quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Prólogo


“Até logo, minha lichia com natas*. O jantar estava formidável, como sempre!” disse Nero, enquanto piscava o olho à sua belíssima mulher, uma égua chinesa com listas que variavam desde o negro ao magenta, para depois acabarem na cauda num azul lunar.
Nunca pensou Nero que estas seriam as últimas palavras que diria à sua belíssima esposa em muito, muito tempo…

Nero era polícia, um Minotauro com 2 metros de altura e corpo de boxeador. De momento, ele patrulhava a estação dos autocarros, bocejando em intervalos cada vez mais curtos. Nada o fazia prever que seria aqui, no sítio do 432, que teria início o seu destino.
Faíscas saltavam de um canto escuro da estação. De repente, os contornos de uma elipse começaram a tomar forma, numa luz multicolor.
“Argh,” exclamou Nero, cego por um súbito clarão de luz.
Abriu os olhos. Para espanto e maravilha dele, perante si estava retratado na parede enegrecida, onde antes se encontrava a elipse, uma paisagem verdejante que emoldurava ao fundo uma colossal cascata.
“Pelo chifre da minha Bisavó, o que é aquilo?” disse Nero com a sua voz grossa e rouca.
Então, tudo acontece. Rajadas vermelhas e negras começam a invadir o ar vindas da paisagem, Nero agacha-se em busca de protecção e subitamente, materializam-se dois vultos.
No meio da noite, ouve-se o choro de um bebé…

3 comentários:

Unknown disse...

Quite inspired!
Aaaah, estou curioso para saber o que vai acontecer ao Nero xD
(e as próximas aquisições ao material mitológico do universo panqueca-pombês)

Pipeta disse...

fui ver, era o ovário.

Ricky Silver disse...

sera a vinda do vaidamorte?
sera o bart simpson a fazer das suas?
nao percam o proximo episodio pk é provavel que nos nao vejamos